“Acompanhei Pe. André na visita à Comunidade do Subuco. Além de visitar e celebrar os sacramentos, Pe. André propôs aos jovens um “intercâmbio” de dons: os jovens da paróquia apresentariam algumas músicas e os jovens da comunidade visitada também. Uma aparelhagem de som foi levada e um gerador também, pois a comunidade não dispõe de energia. Para minha surpresa, quando chegamos, havia um palco preparado. Os jovens se apresentaram com muito entusiasmo! Mais uma vez enchi-me de esperança ao presenciar a ousadia missionária que quer dizer aos jovens que é possível ir além”.
Mais uma vez, Deus me permitiu estar rodeada de crianças. Desta vez, a novidade foi brincar de “adoleta” e “pirulito que bate-bate”. Além disso, Deus me preparava uma manifestação de ternura: eu estava esperando a carga ser organizada para nosso retorno e fui para a capelinha da comunidade para rezar o Ofício das Leituras no celular. Já estava terminando de rezar os salmos quando vi que as crianças me espiavam da janela e da porta. Entravam e saíam correndo quando eu as via. Mas, em certo momento, uma delas começou a cantar baixinho “Muru…” que é a primeira palavra da música ‘cabeça, ombro, joelho e pé…” em lomwe. Então chamei todas as crianças para sentarem perto de mim. Todas escutaram as duas longas leituras do Ofício que fiz em voz alta achando muito interessante a tela do celular. Depois cantamos um pouco e nos despedimos todos cheios de alegria pela amizade vivida naquele dia. A primeira menina a quem ensinei “adoleta” e “pirulito que bate-bate” chama-se Audácia. Ela ficou comigo muito tempo. Para mim, sua presença foi uma palavra de Deus. O palco, o som (onde não há nem energia), os jovens, as crianças… É preciso ter familiaridade com Audácia!
