
100 RAZÕES PARA SEGUIR A JESUS – NOÉ
100 RAZÕES PARA SEGUIR A JESUS – UM CONTRAPONTO AOS QUE DIZEM: SEM RAZÕES PARA SEGUIR A JESUS
Por que um ser humano, criado por Deus e amado por Ele todo o tempo, não segue a Jesus, seu Filho? Certamente muitos serão capazes de elencar inúmeros motivos para não viver a vida como Jesus ensinou e não segui-Lo. Argumentando fortemente contra Deus e a Igreja, apresentam-se como pessoas sem motivos para seguir a Jesus. Esse escrito é dedicado aos vocacionados e membros da CCAV, mas especialmente a todos aqueles e aquelas que dizem não terem motivos para seguir a Jesus. Ele é nosso Mestre, a razão de nossa vida, a luz para nosso caminho. Não compreendemos a vida sem Ele. Nosso coração arde quando lemos nos Evangelhos o chamado dele aos pescadores da Galileia! Nosso coração arde ainda mais quando fazemos memória do dia em que Ele nos chamou! Assim, a partir de nossa experiência vocacional e da vida dos santos, nas Escrituras e na hagiografia, queremos apresentar ao longo dos escritos 100 razões para seguir a Jesus. Esperamos que, ao ler cada meditação, você possa fortalecer ainda mais seu seguimento ao Senhor. Se você, caro leitor, é alguém que não tinha motivos para seguir Jesus, temos a certeza de que após essa leitura terá várias razões para fazê-lo, pois não há pessoa mais fascinante na história do que Jesus Cristo.
Noé
Noé era filho de Lamec, neto de Matusalém, tataraneto de Henoc… pertencia à nona geração depois de Adão. Tinha esposa e três filhos chamados Sem, Cam e Jafet. Noé permanecia diante de Deus como homem justo e perfeito. Ele andava com Deus e encontrou graça aos Seus olhos. No entanto, os pensamentos dos homens de seu tempo estavam voltados para o mal, a ponto de o Senhor arrepender-se de os ter criado. A terra estava repleta de corrupção e violência. O coração de Deus “estava ferido de íntima dor” (Gn 6, 6). Foi então que Deus dirigiu-se a Noé e lhe fez um chamado:
“Eis chegado o fim de toda a criatura diante de mim, pois eles encheram a terra de violência. Vou exterminá-los juntamente com a terra. Faze para ti uma arca de madeira resinosa: dividi-la-ás em compartimentos e a untarás de betume por dentro e por fora. E eis como a farás: seu comprimento será de trezentos côvados, sua largura de cinquenta côvados, e sua altura de trinta. Farás no cimo da arca uma abertura com a dimensão dum côvado. Porás a porta da arca a um lado, e construirás três andares de compartimentos. Eis que vou fazer cair o dilúvio sobre a terra, uma inundação que exterminará todo ser que tenha sopro de vida debaixo do céu. Tudo que está sobre a terra morrerá. Mas farei aliança contigo: entrarás na arca com teus filhos, tua mulher e as mulheres de teus filhos. De tudo o que vive, de cada espécie de animais, farás entrar na arca dois, macho e fêmea, para que vivam contigo. De cada espécie de aves, e de cada espécie de quadrúpedes, e de cada espécie de animais que se arrastam sobre a terra, entrará um casal contigo, para que lhes possas conservar a vida. Tomarás também contigo de todas as coisas para comer, e armazená-las-ás para que te sirvam de alimento, a ti e aos animais.” (Gn 6, 14-21)
O côvado é uma unidade de medida muito antiga que se baseava no cumprimento do antebraço desde o cotovelo até a ponta dos dedos. Portanto é uma medida aproximada. Depende do porte do indivíduo, mas podemos estimá-la como sendo 45 cm aproximadamente. Sendo assim, a arca que devia ser construída a pedido de Deus deveria ter 135 metros de comprimento, 22,5 metros de largura e 13,5 metros de altura. Deveria ainda ser construída de uma madeira especial, madeira resinosa, um tipo bastante resistente. Além de todo o trabalho para preparar a madeira e construir a arca, Noé deveria separar um casal de cada espécie de animal e alimento suficiente para toda a sua família e para os animais. Deus não apresentou somente o trabalho, mas também a promessa da aliança, ou seja, Deus fez um pacto com Noé, um compromisso: se comprometeu com Noé e pediu a Noé que se comprometesse com Ele. Uma aliança é como um casamento, um compromisso de amor.
Deus faz a Noé seu pedido sem apresentar a ‘data de entrega do trabalho’. Era preciso trabalhar muito e logo. Diante do chamado de Deus, eis o que a Sagrada Escritura diz sobre a resposta de Noé:
“Noé obedeceu, e fez tudo o que o Senhor lhe tinha ordenado. ” (Gn 6, 22) Apenas obedeceu e obedeceu a tudo o que Deus disse. Não sabemos o que se passou em seu coração, mas sabemos que cumpriu todas as exigências deste chamado com presteza.
Após o término do trabalho, recebeu outra ordem: “Entra na arca, tu e toda a tua casa, porque te reconheci justo diante dos meus olhos, entre os de tua geração. ” (Gn 7, 1)
Então… a chuva caiu sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites… o volume de água foi aos poucos elevando a arca acima da terra e se chegou a 15 côvados (ou seja, quase 7 metros) acima dos montes.
Terminados os quarenta dias, Deus “fez soprar um vento sobre a terra, e as águas baixaram” (Gn 8,1). “As águas foram-se retirando progressivamente da terra; e começaram a baixar depois de cento e cinquenta dias” (Gn 8, 3).
A arca parou sobre o monte Ararat que significa ‘terra sagrada’ e é um monte localizado na Turquia moderna, sendo o mais alto da região. Noé soltou uma pomba para ver se águas tinham diminuído. Na primeira vez, ela não encontrou onde pousar e voltou. Na segunda vez, voltou com um raminho de oliveira no bico. Na terceira vez, a pomba não mais voltou. Noé descobriu o teto da arca e viu que o solo estava seco. Deus então mandou que saísse da arca junto com seus filhos e todos os animais.
Então “O Senhor respirou um agradável odor, e disse em seu coração: “Doravante, não mais amaldiçoarei a terra por causa do homem porque os pensamentos do seu coração são maus desde a sua juventude, e não ferirei mais todos os seres vivos, como o fiz. Enquanto durar a terra, não mais cessarão a sementeira e a colheita, o frio e o calor, o verão e o inverno, o dia e a noite.” (Gn 9, 21 -22)
Depois abençoou Noé e seus os filhos dizendo: “Sede fecundos, disse-lhes ele, multiplicai-vos e enchei a terra…” (Gn 9,1) e selou sua aliança com Noé: “Faço esta aliança convosco: nenhuma criatura será destruída pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra.”. Deus disse: “Eis o sinal da aliança que eu faço convosco e com todos os seres vivos que vos cercam, por todas as gerações futuras: Ponho o meu arco nas nuvens, para que ele seja o sinal da aliança entre mim e a terra. Quando eu tiver coberto o céu de nuvens por cima da terra, o meu arco aparecerá nas nuvens, e me lembrarei da aliança que fiz convosco e com todo ser vivo de toda espécie, e as águas não causarão mais dilúvio que extermine toda criatura.” (Gn 9, 11-15)
Noé recebeu de Deus um importante chamado e encontrou razões para obedecer em tudo e prontamente. A unidade do gênero humano fora desfeita com a tragédia do pecado e Deus quis contar com Noé para ‘escrever’ a História da Salvação que culminaria na ‘plenitude dos tempos’, quando o Filho de Deus seria enviado a este mundo. Noé poderia não ter encontrado razões para dizer seu sim ao Senhor, no entanto, obedeceu com toda generosidade. Se você se sente sem razões para seguir Jesus, Noé lhe dá três razões:
- A primeira razão para Noé dizer sim é ter encontrado graça aos olhos do Senhor. Jesus ama Seus eleitos e encontra graça em cada um deles. Todo aquele que é chamado é primeiro amado!
- A segunda razão é a seguinte: quando Jesus chama alguém, quer lhe dar um papel único na História da Salvação. Deus queria Noé para aquela tarefa. Outro poderia realizar tão grande empreitada? Talvez sim, mas não como Noé. Se Jesus chama você é porque Ele deseja que você ocupe um lugar único em Seus planos de amor. Você não vai deixar seu lugar vazio, vai?
- Noé, que andava com Deus, encontrou mais uma razão para dizer ‘sim’ ao olhar ao seu redor e ver corrupção e violência, ou seja, o mundo estava perdendo totalmente o rumo. A desordem do pecado havia se instalado nos corações dos homens criados por Deus para serem livres e felizes. Diante da desordem do mundo, Noé disse sim a Deus como um sinal de amizade. Quis ajudar o Senhor. O mundo em que você vive não é muito diferente do mundo em que Noé vivia. Jesus chama você para ajudá-lO!
Mesmo sendo chamado em um tempo e uma circunstância diferente de Noé, estas razões também se aplicam à sua vida. Junte-se a Noé e acolha com generosa obediência ao chamado de Deus. Ele te ama! Você é único (a)! Ele te convida a transformar a corrupção deste mundo!