100 RAZÕES PARA SEGUIR A JESUS – JOSÉ

100 RAZÕES PARA SEGUIR A JESUS – UM CONTRAPONTO AOS QUE DIZEM: SEM RAZÕES PARA SEGUIR A JESUS

José era o filho que Jacó mais amava, pois era o filho de sua velhice. Tinha onze irmãos que, vendo a predileção do pai por ele, passaram a odiá-lo. José tinha sonhos proféticos o que fazia com que seus irmãos o detestassem ainda mais, pois percebiam que os sonhos eram um sinal da distinção de José entre os demais:
“Ouvi, disse-lhes ele, o sonho que tive: estávamos ligando feixes no campo, e eis que o meu feixe se levantou e se pôs de pé, enquanto os vossos o cercavam e se prostravam diante dele.” E seus irmãos disseram-lhe: “Quererias, porventura, reinar sobre nós e tornar-te nosso senhor?” José teve ainda outro sonho, que contou aos seus irmãos. “Tive, disse ele, ainda um sonho: o sol, a lua e onze estrelas prostravam-se diante de mim.” (Gn 37, 8-9)
Jacó guardou a lembrança destes fatos. Os irmãos de José encheram-se de inveja. Certo dia, tendo eles ido apascentar os rebanhos de seu pai em Siquém, Jacó disse a José: “Vai, pois, ver se tudo corre bem a teus irmãos e ao rebanho, e traze-me notícias deles.” ( Gn 37, 14) José o atendeu prontamente e os encontrou em Dotain. Mas, quando viram-no aproximar-se, tramaram sua morte. Desejavam mata-lo e ocultar o crime jogando seu corpo em uma cisterna. Com a intercessão de Rubem, decidiram apenas jogá-lo na cisterna para que não carregassem a culpa de terem derramado sangue. Assim fizeram. Despojaram-no de suas vestes e o jogaram em uma cisterna velha e sem água. Vendo que se aproximavam negociantes que viajavam para o Egito, Judá sugeriu aos irmãos que vendessem José como escravo para que não mata-lo e terem que ocultar seu sangue. Venderam-no então por vinte moedas de prata. Pegaram suas vestes, tingiram-na com sangue de cabrito e apresentaram a Jacó que compreendeu que seu filho estava morto e foi tomado de inconsolável dor. Os negociantes, por sua vez, venderam José para Putifar, eunuco do Faraó, chefe da guarda no Egito.
O Senhor estava com José e todos os seus empreendimentos eram prósperos. O chefe da guarda a quem servia percebia com admiração que José era acompanhado por Deus em tudo o que empreendia. José conquistou a simpatia de  Putifar que o colocou à frente de sua casa e confiou-lhe todos os seus bens. A bênção do Senhor desceu sobre a casa de Putifar por causa de José.
José era belo de corpo e de rosto. A mulher de Putifar apaixonou-se por ele e cercava-o de todos os lados insistindo para que se entregasse a ela. José rejeitou suas seduções e, mesmo sendo alvo de tanta insistência, não consentiu em ceder. Possuída pela paixão, a mulher armou uma cilada para José o que ocasionou sua prisão. Mesmo encarcerado, o Senhor estava com José que conquistou a simpatia do chefe da prisão. Tal chefe confiou a ele todos os demais presos e nada fiscalizava do que fazia. O Senhor continuava fazendo José prosperar em tudo.
Aconteceu que o copeiro e o padeiro do Faraó foram lançados na mesma prisão que José. Certa vez, ambos tiveram um sonho na mesma noite. Ao amanhecer, encontravam-se tristes por não compreenderem o significado do que haviam sonhado. José, confiando que é Deus quem interpreta os sonhos, apresentou-lhes o significado.
Dois anos depois, Faraó teve dois sonhos e nenhum dos mágicos ou sábios do Egito souberam interpretá-lo.  O copeiro-mor que já esteva em liberdade, falou de José ao Faraó e este o mandou chamar. José, confiando sempre que Deus era capaz de dar uma explicação, pôs-se a esclarecer o Faraó sobre o significado do sonho: haveria sete anos de grande fartura no Egito que seriam seguidos por sete anos de terrível miséria. Era preciso abastecer os celeiros no tempo da abundância para que fosse possível suportar o tempo da fome. Ficando o Faraó profundamente admirado com a sabedoria de José, exclamou: “Poderíamos, disse-lhes ele, encontrar um homem que tenha, tanto como este, o espírito de Deus?” (Gn 41, 38). E colocou José à frente de todo o Egito decretando que todos o obedecessem. Acima de José, estaria apenas o Faraó. Todos os demais estavam a partir de então, a ele submetidos. Disse-lhe o Faraó: “Sou eu o faraó: sem tua permissão não se moverá a mão nem o pé em toda a terra do Egito.” (Gn 41, 44)
Durante os primeiros sete anos, José ajuntou vasta quantidade de produto no Egito e tal quantidade de trigo que não se podia contar. Quando chegou o tempo da fome, José abriu os celeiros e vendia víveres para todo o Egito. Tendo crescido a penúria e sendo a fome violenta, vinha-se de toda a terra para comprar trigo de José no Egito. Jacó também enviou seus filhos para comprar trigo. Não permitiu, portanto que levassem, Benjamim o mais novo, filho de Raquel e irmão de José. Chegando para fazer a compra, José os reconheceu, mas eles não o reconheceram. Tratando-os rudemente, José afirmou que eram espiões enquanto afirmavam que eram gente honesta. José exigiu então que um deles ficasse preso e que os demais voltassem para buscar o jovem Benjamim como modo de provar que estavam falando a verdade. Simeão ficou preso no Egito como garantia da volta dos irmãos.  Jacó, tendo recebido esta notícia, estremeceu de aflição.
Tendo acabado o trigo, fazia-se necessário voltar ao Egito. Jacó relutou muito em deixar Benjamim partir, mas com a promessa de Judá de que seria responsável pelo menino, cedeu. Ao chegarem, os irmãos de José foram chamados para sentarem-se à mesa com ele e comeram fartamente. José comoveu-se profundamente ao ver Benjamim e precisou se afastar até que conseguisse conter as lágrimas. Os irmãos de José ainda não o tinham reconhecido. Desejando que Benjamim permanecesse com ele, mandou que fosse colocado um cálice em sua bagagem para acusa-lo de roubo e mantê-lo no Egito como prisioneiro. Diante do argumento suplicante de Judá – que tinha se comprometido com Jacó de cuidar de Benjamim – José prorrompeu em lágrimas e se revelou aos irmãos. De forma maravilhosa, José coloca o amor acima da mágoa. Ele, que tinha motivos humanos para odiar seus irmãos manifesta antes de mais nada seu perdão e plena confiança nos sábios desígnios de Deus é capaz de transformar o mal em bem com grande maestria:
“Eu sou José, vosso irmão, que vendestes para o Egito. Mas agora não vos entristeçais, nem tenhais remorsos de me ter vendido para ser conduzido aqui. É para vos conservar a vida que Deus me enviou adiante de vós. Porque eis já dois anos que a fome assola a terra, e haverá ainda cinco anos sem amanho nem colheita. Deus enviou-me adiante de vós para que subsista um resto de vossa raça na terra, e para vos conservar a vida por uma grande libertação. Não sois vós, pois, que me haveis mandado para aqui, mas Deus mesmo. ” (Gn 45, 5-8)
Os irmãos de José voltaram a Canaã tendo recebido ordens para trazerem ao Egito suas famílias e bens para que, residindo junto ao irmão outrora vendido, fossem sustentados com as melhores iguarias. Assim  o fizeram. José, indo ao encontro de seu pai, jogou-se ao seu pescoço e chorou longo tempo em seus braços. Depois recebeu autorização do Faraó para instalar sua família nas melhores terras do Egito. José, enquanto segundo homem do Egito, fez bem não só à sua família, mas a todo o povo, vendendo trigo e recebendo como pagamento qualquer bem que tivessem à disposição. O povo lhe dizia: “Nos salvastes a vida! ”
Jacó viveu ainda dezessete anos no Egito na companhia de seus filhos e fez com que José lhe prometesse a enterrá-lo na terra de Canaã. Já bem adoecido e com as vistas enfraquecidas abençoou os filhos de José como a seus próprios filhos. Depois de enterrar seu pai na caverna da terra de Macpela, que Abraão tinha comprado, voltou para o Egito. Seus irmãos temeram que, com a morte do pai, José se vingasse de todo mal que haviam feito contra ele, mas José, mais uma vez deu provas de possuir coração magnânimo. Longe de oprimi-los, reconfortou seus irmãos dizendo: “Não temais (…). Vossa intenção era de fazer-me mal, mas Deus tirou daí um bem; era para fazer, como acontece hoje, com que se conservasse a vida a um grande povo. Não temais, pois: eu vos sustentarei a vós e a vossos filhos”. (Gn 50, 20-21)
José morreu no Egito com 110 anos na companhia de sua família.
Que maravilha! Quantas razões este homem escolhido por Deus pode nos dar para seguirmos Jesus! José era um eleito e tendo vivido tantas adversidades, soube olhar os acontecimentos da vida com os olhos de Deus.

Poderíamos elencar diversas razões, mas vamos continuar nossa caminhada recebendo de José mais quatro razões para seguirmos Jesus:

  • Quem segue Jesus torna-se um sonhador realista, pois Jesus nos faz sonhar Seus sonhos. E isto não torna ninguém alienado, mas profundamente realista… como José!
  • Quem segue Jesus recebe a graça de um olhar de fé sobre as circunstâncias da vida ainda que sejam as mais adversas, pois Ele mesmo mostrou que a Cruz se tornou um sinal de vida.
  • Quem segue Jesus faz a experiência de que Deus o acompanha. Torna-se uma bênção onde quer que esteja.
  • Quem segue Jesus torna-se instrumento de salvação para a própria família